quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 50


Nunca alinhou nesses tabacos para cachimbo com sabores a whisky, rum ou cherry.

Experimentou mas não deu para continuar.

Possivelmente pelas mesmas razões adiantadas em «Notting Hill», filme de Roger Michell, quando Hugh Grant oferece a Julia Roberts damascos embebidos em mel e, ao mesmo tempo, lhe diz:

Damascos embebidos em mel. Porquê, não sei, porque deixam de saber a damascos e ficam a saber a mel e se se quer mel compra-se mel em vez de damascos.

Guillermo Cabrera Infante no seu «Fumo Sagrado»:

Convém ter em mente, sejamos nós Robinson ou Sexta-feira, que quando se fuma um cachimbo não se está apenas a fumar tabaco. Em cada cachimbada estamos a fumar anis, mel, bergamota, pau-rosa, quina, cássia, raíz de genciana, gerânio, mentol, noz-noscada, hortelã, alecrim, sândalo, baunilha, valeriana e sálvia, que dão ao fumador o encanto de um velho sábio. Tudo aquilo que atrás ficou elencado é acrescentado, na forma de perfumes e óleos, ao tabaco. Não admira que o fumo do cachimbo cheire como o arco-íris.

Colaboração de Gin-Tonic

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