sábado, 5 de maio de 2012

I'LL BE BACK


Noel Gallagher's High Flying Birds
Vivo Rio, 03.05.2012, Rio de Janeiro

Um fã da linha da frente suplica por Gas Panic, e Noel Gallagher, desconcertante, responde alto e a bom som: I wrote that one! Fuckin' Brilliant! Gas Panic não fez parte deste show, porém, outras brilhantes canções de Noel tornaram a noite inesquecível. 

Acompanhado por uma banda demolidora e enxuta - bateria, baixo, guitarra e teclados - Noel fez-nos acreditar no paradigma da música popular: uma canção só é verdadeiramente boa quando cantada por toda a gente. Sem compromissos. Sem pretensões de respeitabilidade artística.

E como abriu as goelas a "galera" que lotou por completo a sala. Por vezes, o coro da multidão ameaçou abafar por completo o som debitado pelo PA - som demasiado alto e nem sempre perfeito, diga-se de passagem.

Que não restem dúvidas: quando o assunto é Oasis, o assunto é sério. E um show de Noel Gallagher é também uma celebração do legado Oasis. O que faz todo o sentido. Enquanto que para os Beady Eye a identidade própria de uma nova banda proíbe promiscuidades com o repertório Oasis, para Noel, qualquer canção escrita pode ir a jogo. Noel é livre! Talvez por isso, tenha iniciado a celebração carioca com (It's Good) to be Free!

Momentos mágicos?... foram vários... às vezes em sequência... de tirar o fôlego... Dream On... If I Had a Gun... Supersonic (versão acústica)... Half the World Away... Broken Arrow... Talk Tonight (versão com banda!)... e quando soaram as primeiras notas de The Death of You and Me, os meus olhos emocionaram-se... coisa rara de acontecer comigo, juro...

Impressionou-me também a boa forma vocal de Noel. De facto, uma coisa é cantar um par de canções por espectáculo, como ele fazia nos Oasis, outra, completamente diferente, é assumir o microfone a tempo inteiro.

No encore, quando Noel levou a melodia de Little By Little do registo grave até ao mais agudo do refrão, a "casa veio abaixo". Como comentou um amigo meu, o ambiente era de autêntica catarse colectiva. Catarse prolongada até ao acorde final da incontornável Don't Look Back in Anger.

Tomem nota: a aura em torno desta música é muito forte e não pára de converter novos seguidores. E para todos aqueles que ainda não foram arrebatados pelo poder do legado Oasis, Noel deixou um aviso:
I'll be back!

Pedro de Freitas Branco, no Rio de Janeiro

5 comentários:

Jack Kerouac disse...

Gosto da crónica, de Oasis nem por isso, ou melhor, não desgosto, mas não sou Fã. Acho piada por serem fans dos Beatles.

Anónimo disse...

Showzaço!!!!!!!!!!!!!
Nelio

Abel Rosa disse...

Oasis + NOel = Compêndio da música que a gente gosta, Tá Legal XÔ PEDRO! Recordas aquele Show de Bola no Palco Sony em Lisboa há muitas luas? suponho que umas horas antes ofereceste um exemplar do Quarteto 1111 ao rapaz ( Noel ou Liam?) o que a gente saltou - Hey Hey My My Rock'n'roll will never die
yeahhhhhhhhhhhh.

filhote disse...

Ofereci o Quarteto 1111 ao Liam (e um CD dos Apóstolos!)...

E lembro-me muito bem que o amigo Beatle Boy envergava, orgulhoso, uma camiseta do Yellow Submarine!

ié-ié disse...

Quando estive com Liam, no longínquo ano de 1994, envergava ele uma camisola do escrete canarinho...

LT