quarta-feira, 18 de abril de 2012

PATTIE BOYD E ERIC CLAPTON


(...)

Algumas semanas mais tarde, por pura coincidência, pelo menos aparentemente, encontrei Pattie, e foi como se estivéssemos em rota de colisão, de tal maneira que já não havia como voltar atrás.

Um pouco mais tarde vi George numa festa na casa de Stigwood e contei-lhe tudo: "Estou apaixonado pela tua mulher".


A conversa que se seguiu raiou o absurdo. Embora me pareça que ele ficou profundamente magoado - conseguia ver-lho nos olhos - preferiu encarar a coisa de ânimo leve, como se fosse uma situação dos Monthy Python.


De certa maneira, acho que também foi um alívio para ele, no entanto, pois tenho a certeza de que ele sabia o que se estava a passar, e eu tinha finalmente conseguido confessar tudo.


Aquilo foi o início de um caso semi-clandestino entre nós, e o fim da minha relação com Paula, que se mudou então para Bobby Whitlock.


Mas, por muito que a tentasse persuadir, era bastante claro que Pattie não estava disposta a deixar George, apesar de eu achar que a coisa estava acabada entre eles.


Atormentado pelos meus sentimentos por ela, mergulhei de cabeça na música, dando início a uma digressão inglesa com os Dominos.

"Autobiografia", Eric Clapton, Casa das Letras, 2008, pág. 145

2 comentários:

Anónimo disse...

"...não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo"

Mandamento a respeitar, mesmo por homens do mesmo ofício que se deveriam dedicar mais a dedilhar as cordas da guitarra eléctrica que pôr o dedo (e não só) na mulher alheia.

Clapton chamou-lhe "Layla", uma "Electric Laylaland" por alusão aos bebedores de Mateus Rosé e exímios guitarristas.

JR

Karocha disse...

LooooLLL JR

Mas a rapariga era bem apessoada!