quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
MORREU PEDRO OSÓRIO
Pedro Osório morreu hoje no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, vítima de cancro. Tinha 72 anos.
O corpo do músico é velado sexta-feira na Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), em Lisboa, de que foi administrador, seguindo depois para o Porto, de onde era natural.
Em Novembro do ano passado (dia 18), tinha editado o seu último trabalho, "Cantos da Babilónia".
Orquestrador, compositor, Pedro Osório, nascido no dia 17 de Julho de 1939, trabalhou com vários artistas, nomeadamente Sérgio Godinho, Fernando Tordo, Carlos do Carmo, Carlos Paredes, Rui Veloso, Carlos Mendes, Herman José, Lúcia Moniz.
Figura regular dos Festivais RTP da Canção, que venceu várias vezes como autor e orquestrador, e autor de vários musicais dos casinos Estoril e Póvoa de Varzim, Pedro Osório optou pela carreira musical quando terminava a licenciatura em engenharia mecânica.
Entre outras distinções, em 1982, recebeu o Prémio da Crítica pela composição para a peça "Baal", de Bertolt Brecht.
Foi dirigente do Sindicato Nacional dos Músicos e fez parte da organização do I Congresso Nacional dos Músicos em 2003. De 2003 até Janeiro de 2011 foi membro da administração da SPA, estando actualmente no grupo do fado.
Em 1994, o Presidente da República Mário Soares condecorou-o com o grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique, tendo recebido posteriormente a Medalha de Ouro do Concelho de Oeiras e a de Mérito da Sociedade Portuguesa de Autores.
Já este ano, o Ministério da Cultura agraciou-o com a Medalha de Mérito Cultural e o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, condecorou-o com a comenda da Ordem da Liberdade.
Pedro Osório, que também se dedicava à escrita de obras de música sinfónica, algumas das quais já executadas em público, lançara no Verão de 2010 o livro "Memórias Irrisórias Com Algumas Glórias".
Gravou o seu primeiro disco em 1960.
Nos anos 60, fez parte do Quinteto Académico e do Trio Barroco.
O seu nome está ligado a grandes projectos e/ou produções de música portuguesa como, por exemplo, “Operários do Natal” (1976), “O Círculo de Giz Caucasiano” (1976), “As Canções do Século” (1993) ou bandas sonoras como “Malteses, Burgueses E… Às Vezes” (Artur Semedo, 1973), “A Santa Aliança” (Eduardo Geada, 1977) , “Kilas, O Mau Da Fita” (Fonseca e Costa, 1980).
Com agência Lusa
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3 comentários:
Um músico determinante na nossa História... que descanse em paz!
Os mesmos votos: que descanse em paz!
O mesmo que descanse em paz!
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