quinta-feira, 21 de julho de 2016

HÁ 47 ANOS!


Diário Popular, 21 de Julho de 1969.

8 comentários:

Anónimo disse...

"That's one small step for [a] man, one giant leap for mankind"
NEIL ARMSTRONG

Foi o segundo maior feito do ser humano.

JR

ié-ié disse...

e o primeiro... foi?

LT

Anónimo disse...

Ainda há quem não acredite...

Anónimo disse...

Antes de mais, um abraço e votos da continuação no gozo de umas tão boas como merecidas férias quanto mais não seja pela grandeza de todo o universo pictórico e narrativo que faz o favor de nos prestar em catadupas e que o milhão de visitas há muito superado por este Blog testemunha. Só não posso dizer que este é o maior feito do ser humano. Mas grande feito é, absolutamente.

Quanto à sua desafiante questão sobre o maior feito do ser humano superior à alunagem de 1969 que eu não quis especificar por respeito ao “post” e à efeméride, tenho a esclarecer que são dois factos “ex aequo” e não um só, factos que, além de tudo o mais, a não ocorrência de qualquer um deles impediria a alunagem consumada em 1969, merecedores pois de explicitação em separado e pela ordem retrógrada da sua ocorrência em duas mensagens consecutivas que se seguem a esta mesma, pedindo desculpa pela infinita paciência do Leitor que se dá a ler este mortal comum de Lineu a quem falta o engenho e a arte mas que, ainda que à força de calinadas inversamente infinitamente desproporcionadas a tão sublimes feitos se propõe ao impossível. Tentar explicar o grande com pena curta e torta metendo o Rossio na Rua da Betesga !

Assim, tal como na velhinha RTP, “ O programa segue dentro de momentos” e a preto e branco.

JR

Anónimo disse...

No dia 26 de Setembro de 1905, quem se desse a ler, de preferência sentado, uma revista dedicada à Física, “Annalen der Physik” acabada de sair do prelo, iria ali deparar com um artigo intitulado “Zur Elektrodynamik bewegter Körper" o terceiro dos chamados “Papéis dos Annus mirabilis”, foi o caso de um reputado físico alemão que depois de ler o dito artigo escreveu ao autor transmitindo-lhe aquilo que em tradução livre se pode exprimir por “não percebi patavina daquilo que disse”.

Postulava tal artigo. escrito por um pacato funcionário de uma repartição de patentes, mais autodidacta que académico avesso que era à metodologia do ensino alemão, que o espaço e o tempo não eram absolutos ou lineares, antes correspondiam a uma curvatura de espaço-tempo que podia contrair ou expandir relacionado a um movimento cuja velocidade máxima teoricamente admissível seria a da constante velocidade da luz ( 300.000 km/s). Mais, o autor de tão espantoso artigo propôs mesmo uma fórmula matemática apta para calcular as discrepâncias de espaço-tempo relativizada à velocidade do movimento, fórmula esta que um estudante do ensino secundário pode manejar.

Mas não satisfeito com tal assombrosa descoberta, encetaria a partir daí uma odisseia matemática que durou uma década, ainda hoje quase intragável e desafiante para muitos matemáticos, com alguns esgotamentos nervosos pelo meio, culminando na descoberta da equivalência entre massa e energia traduzível matematicamente nos termos tão simples de uma equação que tem tanto de divina como de trágica (mais à frente explicarei porquê),E = mc2
Em que termos é este feito superior à alunagem de 1969 ? Em três termos, o mesmo número de letras da citada equação:
PRIMEIRO: Esta teoria da relatividade especial e a da relatividade geral enterraram para a posteridade a Física Newtoniana que lhe precedia, tendo o tendo e o espaço deixado de ser considerados absolutos e o universo passou a ser considerado como nunca antes tinha sido abrindo-se caminho à teoria do “big bang”, buracos negros, etc..
SEGUNDO: Tal teoria contribuiu determinantemente para o desmoronar da concepção posivista da Ciência então tida por indestrutível. Uma lei científica passou a ser tão só a melhor explicação de um determinado fenómeno num determinado momento, destinada pois a futura refutação. Exactamente o que aconteceu aos postulados de Newton.
TERCEIRO: “Last but not least”, os equilíbrios, a ordem, as simetrias, as constantes ( como a velocidade da luz ) as entropias, as simples fórmulas matemáticas reveladas pela teoria da relatividade que regulam a dinâmica das das masssas cósmicas ou a curvatura do espaço-tempo, acrescidas das descobertas de outrem como as fórmulas por que se regem as leis da termodinâmica, ou o modelo atómico de Higgs tendo por proposição um bosão a quem os cientistas chamam de “partícula de Deus”, fundamentalmente tudo aquilo que revela uma ordem no domínio do previsível ou ordenado, o que é diametralmente oposto a um caos do domínio do imprevisível ou caótico, parecem apontar para uma inteligência criadora que se nos revela pelos olhos do meticuloso e experimental cientista, a exemplo de um dos maiores génios de todos os tempos, o autor dos ditos “Papéis dos Annus mirabilis” Albert Einstein que não vê o universo como o resultado de um jogo de dados, antes dá conta da necessidade de uma força criadora e inteligente.
( CONTINUA )
JR

Anónimo disse...

(EM CONTINUAÇÂO)
Graças à teoria de Einstein, é hoje possível saber com base na radiação cósmica de fundo aceites pela comunidade científica, que o tempo do universo situa-se próximo dos 14 biliões de anos, logo, poderíamos definir o NADA anterior ao “big bang” como uma curvatura de espaço-tempo de raio ZERO, número este que a ciência mais exacta, a matemática não dispensa e teríamos forçosamente de admitir que tal NADA anterior ao “big bang” é a a regra, e que o tempo após o Big Bang é uma muito jovem excepção que comprovadamente ainda se encontra expansão, o que podia ser traduzido pela imagem de uma criança no seu primeiro choro acabada de ser gerada por sua mãe. Que força pode então gerar ou determinar uma excepção à eternidade do NADA a quem devemos uma fugaz existência a caminho de uma outra eternidade?
O caos ??? O acaso ? Ou uma ordem inteligente e finalística ?

Como explicar que a matéria, por exemplo uma pedra, sendo uma realidade “en soit”, em si, ao invés do ser humano, este uma realidade “pour soit” dotada de consciência e como tal agindo para si, sendo que uma realidade não pode ser simultânemente “en soit” e “pour soit”, seja a matéria “pour soi même” tida como a criadora exclusiva do universo e multiversos que se nos apresentma desenhados com uma insustentável leveza de equilíbrios de tal ordem que bastaria alterar 1 numa proporção para 1.000.000.000.000.000.000, ou seja, por analogia, retirar um grão de areia das areias de todas as praias e o universo teria colapsado “ab initio” por falta de uma das condições para a sua expansão.

A resposta é dada à questão nos seguintes termos que ainda mais enfatizam a necessidade de uma ontologia do Divino em função de um mundo finito e contingente como já afirmavam Descartes, o criador da Geometria do seu nome e Leibniz o criador do cálculo da integral:

“Deus não joga aos dados”
“Acredito no Deus de Espinoza, que se revela na harmonia de tudo o que existe”
ambas as frases de Albert Einstein

Quis porém uma trágica ironia que a referida equivalência entre massa e energia seja também a mãe de todas as bombas nucleares ( só dois dos oito membros do clube nuclear contam com mais de vinte mil armas atómicas ) as quais não têm por finalidade figurar como peças de museu e se tivermos em conta que, de acordo com o Princípio de Murphy, se um dos resultados possíveis de uma acção poder dar errado, é garantido que alguma vez vai dar errado, e tendo em conta o que já anunciava clássico mito de Prometeu, só o Divino pode evitar a extinção do ser humano.

(FALTA O SEGUNDO FACTO EX_AEQUO. SEGUIRÁ POSTERIORMENTE)
JR

Anónimo disse...

(EM CONTINUAÇÃO)
Penso que já abusei em demasia do espaço concedido e da infinita paciência do Leitor.As minhas desculpas. Mas, o prometido é devido e é com uma frase da antiguidade grega que serve de melhor mote para iniciar a exposição do facto que na minha modesta perspectiva tem do mesmo valor do anterior superando também ele a alunagem de 1969. Refiro-me à frase exposta no templo de Delfos, cito, “Conhece-te a Ti mesmo e conhecerás todo o universo e os deuses, porque se o que procuras não achares primeiro dentro de ti mesmo, não acharás em lugar algum", e nem na Lua, acrescentaria eu. E é inegável que no presente os humanos ainda estão por conhecer espécies vivas terrestres e sobretudo as das profundezas das fossas oceânicas abissais.
Muito menos conhecia o ser humano europeu da alta Idade Média que tinha por epicentro o “Mare nostrum”, ou mar Mediterrâneo. Faltava conhecer toda a extensão dos oceanos, Atlântico, Índico, Pacífico, Ártico Antártico, e eventuais continentes, ou seja, faltava conhecer a esmagadora maioria do globo, terra e o mar incógnitos para os humanos, apenas vislumbrados pelas sombras exóticas de uma caverna de lendas e de magia, engendrando criaturas e perigos tenebrosos.
Foi numa real tenebrosa sexta-feira 13, e daí a ligação aziaga dada a este número e dia ocorrido Outubro de 1307, que quis a cobiça e a vilania tirânica de um monarca europeu, Filipe IV, o Belo ( só por fora) que muitos membros da Ordem dos Templários fossem chacinados e condenados à fogueira na sequência de um processo ignóbil falseado para esse mesmo efeito. Muito dos que conseguiram escapar rumaram a terras portuguesas e tiveram a justa condescendência dos monarcas lusos que lhes deram asilo e a confortável cobertura de uma nóvel Ordem então fundada com o felicíssimo nome de “Ordem de Cristo” tendo por símbolo uma vermelha cruz pátea que vai adornar as velas portuguesas, Ordem esta que vai ter como Grão Mestre um dos maiores visionários da história universal, o Infante D. Henrique saído da chamada Ínclita Geração.
Mas sendo páteo o símbolo, não foi pela pata dos cavalos que a epopeia começou. Começou pela reunião de todos os conhecimentos náuticos, astronómicos, cartográficos, geográficos, sendo de relevar a introdução das velas latinas que permitiam navegar á bolina com ventos contrários, o aperfeiçoamento do astrolábio em ordem a calcular a latitude com maior precisão, a cartografia levada a um primor nunca antes alcançado, tabelas de declinações elaboradas pelos melhores sábios da altura, melhorias na construção naval com relevos para as ligeiras caravelas de reconhecimento e as naus de maior porte, conhecer o regime de ventos para evitar as perigosas calmarias, tudo se passando como o centro de desenvolvimento náutico em solo português fosse uma NASA, com as limitações da Idade Média. Tudo o mais foi puro heroísmo e suicidário sacrifício muito acima daqueles que enfrentaram apenas três homens, Armstrong, Aldrin e Collins.
Não vou maçar mais contando o resto da história porque ela está na sua mais profunda essência bem resumida por um poeta do sec. XX, Fernando Pessoa, quando em sublimes versos afirma: “Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal! / Por te cruzarmos, quantas mães choraram,/ Quantos filhos em vão rezaram! / Quantas noivas ficaram por casar / Para que fosses nosso, ó mar! / Valeu a pena? Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena./Quem quer passar além do Bojador / Tem que passar além da dor. / Deus ao mar o perigo e o abismo deu, / Mas nele é que espelhou o céu /
(CONTINUA)
JR

Anónimo disse...

(EM CONTINUAÇÃO )
Acrescento apenas que vale a pena dedicar atenção de insignes estudiosos como Charles R. Boxer, o antigo director da Biblioteca do Congresso Americano Daniel J Boorstin Prémio Pulitzer de História que afirma no seu livro “Os Descobridores” que a viajem mais relevante da História foi a viagem de Vasco da Gama ao cruzar dois oceanos e três continentes, e por que não referir os trabalhos de Jaime Cortesão e Luís de Albuquerque insuspeitos autores e opositores ao regime de então.

Ultimamente surgiu também o historiador Roger Crowley e até um estudioso australiano Peter Trickett defendendo e provando a presença portuguesa para além to trópico do Capricórnio, concretamente em terras australianas dois séculos antes do almirantado inglês ter consignado a James Cook ter o reconhecimento oficial desse autêntico colosso do mar austral, ou seja uma epopeia do Cais da Ribeira aos antípodas provando que a terra é redonda como a esfera armilar da bandeira nacional.

Serve isto para dizer que, despojado de qualquer nacionalismo bacoco ou chauvinismo, sem o pioneirismo português o mundo estaria mais atrasado na sua ciência e a colonização americana aconteceria muito mais tarde.

Quis também a ironia do destino que futebolistas portugueses envergando mesma cruz pátea dos Templários nas camisolas fossem recentemente a França recolher o mais ambicionado troféu europeu. De certa maneira os Templários já foram vingados com um golo também ele oceânico que deixou a torre Eiffel submergida sem a luz da cidade das luzes, pois se Deus fez o mundo, o português fez o mulato, nomeadamente aquele que marcou o seu único golo em competições oficiais.

JR