sexta-feira, 31 de outubro de 2014
REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 17
As caixas de charutos estavam em cima da lareira de mármore e Popinga escolheu um com lentidão, fungando, fazendo estalar o tabaco, porque é uma necessidade quando se quer saborear um charuto, e também porque sempre fez assim.
Georges Simenon em O Homem que Via Passar os Comboios, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1990
Colaboração de Gin-Tonic
BLITZ: 30 ANOS
BLITZ, Novembro de 2014, 3,90 €
Trata-se da edição especial dos 30 anos do BLITZ.
Entre outros assuntos de interesse, a revista publica uma lista dos 30 melhores álbuns portugueses dos últimos 30 anos.
Eis o Top 10:
01 - Humanos - Humanos (2004)
02 - Psicopátria - GNR (1986)
03 - O Monstro Precisa de Amigos - Ornatos Violeta (1999)
04 - Canção Ao Lado - Deolinda (2008)
05 - Galinhas do Mato - José Afonso (1985)
06 - Coisas Que Fascinam - Mler Ife Dada (1987)
07 - Mar d'Outubro - Sétima Legião (1987)
08 - Só - Jorge Palma (1991)
09 - Escritor de Canções - Sérgio Godinho (1990)
10 - Rosa Carne - Clã (2004)
Discutível, como qualquer outra lista...
UM BUSILIS...
Um verdadeiro busílis: qual a melhor marmelada de Lisboa?
A da Cistér, à esquerda, ou a do sr. Rodrigues (Cafetaria Mais Vale, rua dos Soeiros, Lisboa), à direita?
A da Cistér custa 5,50 €, a do sr. Rodrigues 8,50 € (com devolução de 1,50 € da taça).
Gosto de ambas, mas a do sr. Rodrigues é capaz de levar a palma.
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 16
A Comissão de Saúde de Londres recomendou ao presidente da câmara, Boris Johnson, que proíba o fumo nos jardins, parques e praças da capital britânica, como Trafalgar Square, ou Hyde Park.
Se esta recomendação der origem a nova legislação, Londres tornar-se-á a segunda cidade do mundo a proibir o fumo em espaços ao ar livre, depois de Nova Iorque, em 2011.
Em Nova Iorque, para além de ser proibido fumar em locais fechados, como bares e restaurantes, o mayor Michael Bloomberg conseguiu que a proibição abranja locais ao ar livre, como parques e praias da cidade.
Em Nova Iorque existem 22,5 km de praias e mais de 1.700 parques e áreas de jogos, entre eles o famoso Central Park.
Recentemente, o mayor Bloomberg encetou uma outra luta: o direito a fumar em casa pode vir a ser regulamentado em Nova Iorque
Caso o projeto de regulamento seja aprovado, os inquilinos deverão ser informados, por escrito, antes da assinatura do contrato de arrendamento, se têm direito a fumar no interior do apartamento, nas varandas ou nos terraços.
Na cidade que não dorme, fumar tornou-se uma actividade clandestina.
Tempo para repescar uma história já por aqui contada:
Querem saber o que me aconteceu? Pois estava em casa sossegado a trabalhar ao computador e a fumar um charuto quando tocaram à campainha. Era a vizinha. Gira, por sinal. Quando abri a porta ela começou logo a censurar-me por estar a fumar. Garante a vizinha (gira, por sinal) de que o meu charuto empesta a casa dela, que fica do outro lado do corredor, separada por duas portas grossas (uma da conduta do lixo) e pelo elevador. Que não pode ser, diz a vizinha (gira, por sinal), que eu não posso fumar num prédio deste requinte (moro no Parque dos Princípes, que, segundo me contam, é uma "zona bem" de Lisboa. A vizinha gira ameaça correr-me do prédio numa reunião de condóminos se eu não parar de fumar...
Ainda balbuciei que não fumo cigarros, que só fumo um charuto quando o "rei faz anos", tentei dizer que estava em minha casa, essas coisas, mas ela não me deu chance. Ou páro de fumar ou tenho-a à perna (o que não será totalmente desagradável, até porque ela fica ainda mais gira quando se zanga).
Agora estou apavorado. E se ela descobre que sou judeu? Judeu e fumador ocasional de charutos. Devo passar a usar uma estrela amarela para poder frequentar "um prédio deste requinte"? Serei digno de Telheiras? Onde vou eu a esta hora encontrar uma estrela amarela?
Peço aos meus amigos que liguem de vez em quando para o telemóvel. Que me procurem em casa a ver se estou bem. Corro perigo de vida. Ouço ruídos suspeitos no átrio do prédio. Eles vêm aí para me pegar. A mim, o cavernícola que fuma charutos no seu próprio lar, de porta fechada e longe do olhar de toda a gente. SOCORRO!
Rui Baptista no blog Amor e Ócio
Colaboração de Gin-Tonic
NOVA EDIÇÃO DOS LED ZEPPELIN
ATLANTIC - 8122-79582-7 - reedição (2014)
The Song Remains The Same - The Rain Song - Over The Hills And Far Away - The Crunge - Dancing Days - D'yer Mak'er - No Quarter - The Ocean
Um segundo CD apresenta versões alternativas a estas canções.
Na minha perspectiva é o melhor álbum da banda ou então é o LP de que mais gosto.
"D'yer Mak'er" é genial!
A capa, da Hipgnosis causou polémica, pelas crianças nuas.
TRAVELLER CAFFÉ
Rua Passos Manuel, 165, Porto
Numa cidade onde quase tudo fecha ao Domingo, é bom saber que, ao menos, há um café aberto...
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 15
E do meio do mundo prostituto
Só amores guardei ao meu charuto!
E que viva o fumar que preludia
As visões da cabeça perfumada!
E que viva o charuto regalia!
Viva e tremula nuvem azulada,
Onde s'embala a virgem vaporosa!
Viva a fumaça lânguida e cheirosa!
Cante o bardo febril e macilento
Hinos de sangue ao poviléu corrupto,
Embriague-se na dor do pensamento,
Cubra a fronte de pó e traje de luto:
Que eu minha harpa votei ao esquecimento
Só peço inspirações ao meu charuto!
Álvares de Azevedo, poeta brasileiro
Colaboração de Gin-Tonic
OBSCURED BY CLOUDS
SIERRA - 1780 - edição turca (1978)
Com uma bela foto dos Queen na capa!
Colaboração de Pedro Brandão, em Ankara
FEAR FOURS
FONTANA - promo use only not for resale - 1999
Quando do lançamento deste álbum, entrevistei Lou Rhodes em Dublin, no dia 18 de Março de 1999, e pedi-a em casamento, sem sucesso.
CINEMA ÉDEN (ALCÂNTARA)
Na rua do Alvito, em Alcântara, Lisboa, onde hoje está o restaurante O Retiro do Chefe Costa, esteve outrora o cinema Éden (não confundir com o outro Éden, nos Restauradores).
É o edifício mais à esquerda.
MERCADO BOM SUCESSO
Mercado Bom Sucesso, Porto.
Do meu ponto de vista, o Porto tem aproveitado melhor os seus mercados do que Lisboa.
Este, do Bom Sucesso, ganhou o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2014.
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supermercados/centros comercais/drugstores
CADERNO VERMELHO
"Caderno Vermelho", Revista do Sector Intelectual de Lisboa do PCP, nº 22, Setembro de 2014, director - Manuel Gusmão, 6 € nos Centros de Trabalho.
A capa apresenta um excerto do mural colectivo da sede nacional do PCP.
Textos de Manuel Gusmão, Carlos Aboim Inglez, Manuel Augusto Araújo, António Gervásio, Samuel Quedas, Joana Dias Pereira, entre outros.
terça-feira, 28 de outubro de 2014
REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 14
Uma pessoa que fume um maço de tabaco por dia faz, em média, cerca de oito pausas de 10 minutos durante uma jornada diária de trabalho de oito horas, despendendo 80 minutos, o equivalente a mais de 10% das horas de trabalho.
Um em cada quatro portugueses é fumador (2,5 milhões), que, em média, fumam 14 cigarros por dia.
Em Espanha 1/3 dos trabalhadores fumam.
António Meténdez, médico espanhol, fez contas e concluiu que um trabalhador sai mais caro à empresa desde a aprovação da Lei Antitabaco de 2006:
- Como antes não saíam do seu posto de trabalho para fumar, não havia perda de produtividade.
- Um fumador custa à sua empresa 2078 euros por ano.
- 73% deste custo (cerca de 1500 euros) corresponde à perda de produtividade do tempo perdido a fumar. O restante, 500 euros) é o valor dos quatro dias a mais que, em média, os fumadores faltam ao tbalho em relação soa seus colegas não fumadores. Estimando que os trabalhadores fumam, em média, 2 a 4 cigarros durante o dia de trabalho, perdendo entre 6 e 12 minutos com cada cigarro, conclui que cada trabalhador passa 30 minutos diários do seu horário de trabalho a fumar.
O estudo «Opinião da População Portuguesa sobre o Tabaco e o Cancro do Pulmão (Novembro de 2011) revelava que problemas no trabalho e na família, eram dois motivos para que ex-fumadores retomassem o hábito.
Colaboração de Gin-Tonic
TRIPES PARA NUNCA MAIS ESQUECER
ISLAND - ILPM 9570 - edição original (1979)
Side One
Broken English – Witches' Song – Brain Drain (Brierley) – Guilt (Barry Reynolds)
Side Two
The Ballad Of Lucy Jordan (Silverstein) – What’s The Hurry (Joe Mavely) – Working Class Hero (John Lennon) – Why D’Ya Do It
Provavelmente vai adiantar-se ao dono do Kioske, mas não resistiu.
Longínquas, e sempre presentes, lembranças da voz e das canções de Marianne Faithfull, ouvidas num velho gira-discos em que os altifalantes serviam de tampa do dito.
Um disco fabuloso, essa canção espantosa que é «Ballad Of Lucy Jordan» que Marianne diz ser a melhor canção que compôs – mas ela tem tantas mais! - e que não por acaso acompanha parte das loucuras de Susan Sarandon e Geena Davis em «Thelma & Louise», filme de Ridley Scott.
Para lançar «Give My Love To London», último trabalho de Marianne, o «Ipsilon» invocou meio de século de pecado e em que Marianne diz que a sua voz está muito melhor desde que deixou de fumar.
Mas os vícios tornam as canções mais reais, concluiu em tom de provocação, sua eterna imagem de marca.
Disso mesmo se lembra Lucy Jordan com o entardecer a bater nos seus olhos.
Deu-lhe um grande gozo voltar a ouvir o vinil, riscadinho q.b.
E em tempo de pecados nada melhor que percorrer as diversas tiradas que Keith Richards, na sua «Life», deixa sobre Marianne Faithfull.
Como esta:
Só depois disso chegaram os dois a Tânger, acompanhados da Marianne, que ia ter com o Mick a Marraquexe. O Brian estava tão combalido que a Anita e a Marianne, qual competentes enfermeiras, tiveram a brilhante ideia de lhe dar ácido no avião, para ver se ele arrebitava. Elas próprias acabavam de passar uma noite em branco e a ácido. Quando finalmente chegaram a Tânger, um incidente junto à loja do Ahmed instalou o pânico. O sari da Marianne (única peça de roupa que trazia vestida) ficou preso algures e desenrolou-se, deixando-a subitamente nua no casbá.
Abençoada.
Colaboração de Gin-Tonic
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RISO E RITMO
"TV", nº 131, 28 de Outubro de 1965, director - Eduardo Freitas da Costa
Neste número falava-se da 1ª transmissão do programa de variedades "Riso e Ritmo", com Mariema, Helen Del e Raul Solnado.
Com realização de Luís Andrade, participaram também Jorge Costa Pinto, Eugénio Pepe, Ana Lorena, Manuela Maria e Leonor Poeira.
Deverá ter sido por todo o mês de Outubro.
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Conjunto Jorge Costa Pinto,
Revistas/Jornais
CINEMA MUNDIAL
Sala localizada no nº 12 A da Rua Martens Ferrão (Picoas, Lisboa) e inaugurada em 1964.
Foi uma das salas mais populares a seguir ao 25 de Abril, por causa da programação de filmes polémicos.
Foi lá que vi dois deles, até hoje inesquecíveis (por razões diversas): o "Saló", do Pasolini, em Setembro de 1976 e em Fevereiro de 1977 a 2ª parte do "1900" de Bertolucci (a primeira correu, em simultâneo, no cinema São Jorge).
Mais tarde o cinema dividiu-se em 3 salas, mantendo-se a antiga plateia como a maior delas.
O Mundial foi sabendo sempre adaptar-se enquanto à sua volta iam crescendo os arranha-céus e as superfícies comerciais e se multiplicavam as torres de escritórios.
Entrou no novo milénio já sem a afluência de outros tempos, e em 2004 acabaria por encerrar e perder a guerra com os complexos multi-salas dos centros comerciais que foram abrindo na zona.
Em 2005 foi convertido para espectáculos teatrais mas a partir de 2006 deixou de ter um programa contínuo, encerrando quase em definitivo.
In Rato Cinéfilo
PS - a imagem foi obtida no dia 27 de Outubro de 2014.
RESTAURANTE ANGELUS
Praça Duques de Palmela, 11, Santana, Sesimbra - 212 681 340
Provavelmente o melhor fondue de carne do País, provavelmente também o primeiro do País.
O Angelus foi inaugurado em 1967 e deve o seu nome ao seu fundador, um cozinheiro galego chamado Ângelo, mas antes, em 1957, era um café aberto por Teodoro Gomes Alho, dono e construtor do prédio, empresário da construção civil.
O restaurante teve uma segunda inauguração no Domingo de Páscoa de 1973 (22 de Abril), após a renovação do espaço com tectos em madeira, paredes salpicadas e toalhas amarelas (como se vê na imagem), segundo referiu a este blogue o seu actual proprietário Pedro Chagas.
Penso que foi um dos primeiros fondues em Portugal. O Ângelo trabalhou na Suiça onde viu vários fondues e resolveu introduzi-los no seu restaurante, acrescentou.
Ainda hoje é o prato estrela do restaurante, precedido de duas entradas: gambas ao alhinho e/ou ameijoas na cataplana.
Pedro Santana Lopes, António Vitorino (políticos), Helena Laureano, Paulo Rocha, Fernando Mendes (actores), Octávio Ribeiro, Carla Trafaria, João Tomé (jornalistas), Costinha (treinador), Manuel Vilarinho (antigo presidente do Benfica) são algumas das personalidades que já frequentaram o restaurante.
Nos primeiros 4/5 anos, o restaurante era um misto de café, restaurante e pastelaria. Servia muito poucas refeições a caixeiros-viajantes que paravam para almoçar. Os jantares eram sempre a zero.
O Ângelo, através de um amigo, Rafael Monteiro, intelectual sesimbrense, convidou Vera Lagoa para uma refeição, servindo-lhe gambas ao alho e fondue.
Vera Lagoa adorou a refeição e escreveu uma crónica no "Diário Popular". No dia em que o artigo saiu, o Angelus deu 20 jantares, quando antes não dava um único.
Além do Angelus, a família Chagas, proprietária do restaurante de Santana desde 1990, tem ainda o Ribamar, Pedra Alta e Ribas Sushi Bar, em Sesimbra, e o Ribamar Tróia, na marina de Tróia.
RUA VIRIATO
Rua Viriato, Lisboa: provavelmente a única artéria da capital, quiçá do País, onde a circulação rodoviária se faz pela esquerda.
O CUNHA FECHOU
Avenida de Paris, Lisboa.
Aqui ficava o Cunha, um dos restaurantes da minha juventude universitária.
Agora é um estranho misto de comida chinesa e japonesa.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 13
Em 7 de Fevereiro de 1962, os Estados Unidos decretaram um embargo económico, comercial e financeiro a Cuba.
Horas antes de decretar o embargo, John Kennedy chamou o seu conselheiro, Pierre Salinger.
Pierre, necessito de ajuda, disse Kennedy.
Terei todo o prazer em ajudá-lo Presidente. Diga.
Preciso de muitos puros.
De quantos, Presidente?
De uns mil Petit Upmann.
E quando precisa deles, senhor Presidente.
Amanhã de manhã.
Pierre Salinger, também ele um gostador de puros cubanos, saiu do gabinete a perguntar-se o que iria Kennedy fazer a tantos charutos.
Conhecedor de todas as lojas onde se vendiam puros cubanos, satisfez o pedido presidencial com relativa facilidade.
Na manhã seguinte, quando Pierre chegou ao gabinete, o telefone já estava a tocar.
Que tal foi?, quis saber o Presidente norte-americano.
Muito bem, consegui 1.200 charutos cubanos.
Conta a história que, depois da resposta, Kennedy abriu a gaveta da secretária, pegou num grande papel e assinou-o de imediato.
Era o decreto instaurando a proibição de todos os produtos cubanos nos Estados Unidos.
Calcula-se que os norte-americanos, anualmente, fumam sete milhões de charutos cubanos importados ilegalmente.
Colaboração de Gin-Tonic
DETROIT CITY
DECCA - PEP 1198 - edição portuguesa
Detroit City (Dill/Tillis) - Triple Cross (B. Kaye/G. Garvarentz) - Ten Guitars (Mills) - Some Other Guy (Mills)
MARIANNE FAITHFULL
DECCA - PEP 1129 - edição portuguesa
Yesterday (Lennon/McCartney) - Oh Look Around You (Marianne Faithfull) - This Little Bird (Loudermilk) - Morning Sun (Farr)
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BeatlesVersões,
Made In Portugal,
Marianne Faithfull
MARTINEZ SUBSTITUI ISAURA
O restaurante Isaura, em Lisboa, na avenida de Paris, fechou e em sua substituição vai surgir um Martinez by LX Grill, seja lá o que isto fôr.
Mas, por enquanto, ainda só há obras.
Martinez, apelido do casal que explora a petisqueira, abriu em Janeiro de 2014.
Avenida de Paris, 4 B, Lisboa - 213 866 599.
Está aberta ao domingo.
LE PETIT
Rua Major Afonso Pala, 32, Algés - 932 222 211
Agora chama-se Taberna Petit d'Algés, mas é o mesmo Petit de há 53 anos e mantém-se na família.
Bons queijinhos frescos, boa cozinha, bom peixe.
domingo, 26 de outubro de 2014
REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 12
Com esta caixa, oferecida a long time ago pelo comandante do porta-contentores letão Nade Rybakovaite, finda o ciclo das caixas de charutos.
Naipe algo variado que foi dos Cohibas ao Sol de Canarias.
Convém avisar a navegação de que por aqui apenas são apresentadas caixas e maços de charutos, latas de tabaco para cachimbo, que ele comprou ou lhe foram oferecidas.
Marxista, por precoce influência familiar, tem também um carinho muito especial por um outro Marx, Groucho de seu nome próprio, o tal que pediu a demissão de um clube porque não podia ser sócio de um clube que o aceitava como sócio.
É dele a estocada final no desenhar último das caixas de charutos.
O cheiro do charuto incomodava a mulher de Groucho Marx.
Um dia disse-lhe:
- Ou eu os charutos!...
- Então ficamos bons amigos!
Colaboração de Gin-Tonic
MENINO DE BRAÇANA
COLUMBIA - ESRF 1775 - edição francesa
Menino de Braçana (tradicional) - Jikele Mawenhi (Miriam Makeba) - Click Song (Miriam Makeba) - Banana Boat (Harry Belafonte/Lord Burgess)
sábado, 25 de outubro de 2014
REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 11
Para uns há o gosto, o prazer de fumar charuto.
Outros, fazem-no por pura snobeira saloia.
Quando se veem com um charuto entre os dedos, o novo-riquismo solta-se por todos os poros.
Um charuto dá poder?
Obviamente que não!
Mas fiquem-se com esta história:
À hora do almoço, na planície alentejana, de um carro, a alta velocidade, é lançada, janela fora, uma grande beata de charuto.
Há quem defenda que um charuto é como uma amante, deve pôr-se de lado antes que comece a enjoar.
Dois alentejanos regressavam ao trabalho, depois da pausa do meio-dia.
Um deles apanha a beata e começa a tirar umas fumaças. Empertiga-se e diz ao outro:
-Olha Zé, sabes que mais? Logo à noite, chego ao monte e digo ao patrão que lhe compro o rebanho de ovelhas.
Mais umas fumaças, o gesto largo.
- Pensando melhor; compro-lhe a herdade toda.
- Tá bem, mas agora empresta aí a beata para uma passa, diz o outro.
Arranca umas fumaças, o mesmo empertigamento e acaba por dizer:
- Sabes uma coisa, Zé? Não te vendo nada!
Colaboração de Gin-Tonic
IÉ-IÉS NO FEMININO
Século Ilustrado, 21 de Janeiro de 1967
O curioso é que ficamos sem saber o nome do grupo...
Quem seriam?
Não têm os mesmos nomes das Pops.
MORREU JACK BRUCE
Morreu Jack Bruce.
Era sobretudo conhecido por ter sido baixista dos Cream (com Eric Clapton e Ginger Baker).
Tinha 71 anos e foi vítima de um cancro no fígado.
Tocou em Portugal em 1998 no concerto de Ringo Starr na EXPO '98 (Parque das Nações, Lisboa).
LYNSEY DE PAUL
MAM - P-MAM 81 - edição portuguesa (1972)
Sugar Me (Lynsey De Paul/Green) - Storm In A Teacup (Lynsey De Paul/Roker)
Lynsey De Paul morreu no dia 02 de Outubro de 2014.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 10
Se abandonarem a sala porque odeiam o tabaco mais do que amam as ideias, ninguém sentirá a vossa falta.
Saul Bellow, em Ravelstein
Colaboração de Gin Tonic
AMÁLIA NO OLYMPIA
COLUMBIA - SLEG 5007
Nem Às Paredes Confesso (Max/F. Trindade/A. Ribeiro) - Ai Mouraria (A. do Vale/F. Valério) - Que Deus Me Perdoe (Silva Tavares/Frederico Valério) - Lá Vai Lisboa (Norberto de Araújo/Raul Ferrão)
Cortesia de Heitor de Vasconcelos
VERDADEIRA CORRIDA AO OURO...
Jornal O Globo
Quinta-Feira 23.10.2014
Terceira página, inteira, do Segundo Caderno! Quase ceguei de deslumbramento!
No Brasil, nunca Paul McCartney actuou num recinto reduzido e fechado como a arena HSBC - lotação equivalente ao Pavilhão Atlântico. Imaginem, por isso, a agonia da perseguição aos ingressos...
... verdadeira corrida ao ouro!
As "bilheterias" abriram hoje, 24 de Outubro, às 10h da manhã.
Cortesia de Filhote, no Rio de Janeiro
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Concertos,
Paul McCartney,
Pedro de Freitas Branco
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 09
Hoje apetece que o charuto saiba a ter fumado a cidade inteira…
… ou lembrar, que a estupidez pode matar mais do que todos os charutos que um pobre mortal possa fumar nos dias em que passa por esta vida…
Colaboração de Gin-Tonic
MORREU ALVIN STARDUST
Morreu hoje Alvin Stardust que chegou a ser conhecido como o "Elvis britânico".
Tinha 72 anos e morreu com um cancro na próstata.
"My Coo Ca Choo", de 1973, talvez tivesse sido a sua canção mais conhecida.
Keith Richards apelidou-o de padrinho do rock 'n' roll britânico.
ALICE AMARO
ALVORADA - MEP 60237
Sinceridade (Tavares Belo/Amadeu do Vale) - Aventura (Nóbrega e Sousa/Jerónimo Bragança) - Alma Popular (Tavares Belo/Amadeu do Vale) - Triste Sina (Nóbrega e Sousa/Jerónimo Bragança)
Este é o primeiro EP de Alice Amaro e, dentro do género, que bela capa!!!
Alice Amaro estreou-se em público no dia 28 de Julho de 1958 num serão para trabalhadores da Emissora Nacional.
ELAS
ALVORADA - N-97-49 - edição portuguesa (1971)
Nós Não Somos Nada (Carlos Portugal) - Eu Canto P'ra Ti (Carlos Portugal)
Arranjos e direcção de Orquestra de Pedro Osório e produção de Carlos Portugal.
Uma das Elas é Isabel Amora, uma das primeiras vozes do ié-ié português, falecida no dia 11 de Julho de 2020, com 74 anos.
O duo participou na inauguração do Apolo 70, em Lisboa, no dia 26 de Maio de 1971.
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