domingo, 16 de agosto de 2009

MANOEL DE OLIVEIRA


Estreia mundial do filme de Manoel de Oliveira, "O Dia do Desespero", na EXPO-92, em Sevilha, no dia 30 de Maio de 1992.

Acho que é neste filme a famosa cena, lenta, lenta, do rodado...

21 comentários:

Fernando Correia de Oliveira disse...

famosa cena, lenta, lenta.... mas não são assim todas as cenas, famosas ou não? o homem pode ter a idade do matusalém, mas desde o douro faina fluvial e da aniki bóbó que não faz outra coisa se não fazer teatro com uma câmara de filmar. se calhar é esse o segredo da longevidade.

JC disse...

O assunto, Fernando, levar-nos-ia mtº longe. Não sou um incondicional de Oliveira (aliás, só vi uns 65 ou 70% dos seus filmes) e já tenho aturado dele algumas "estuchas" (escreve-se assim?), mas "Vale Abraão" é um dos meus filmes de cabeceira.

Fernando Correia de Oliveira disse...

"filme de cabeceira", como argumento para uma obra do Oliveira...
mas, agora mais a sério, confesso que, em termos de filmes portugueses funciono como o Goebbels, quando oiço falar deles, puxo logo da pistola. Isso aconteceu depois da traumática experiência que foi ir ver o Veredas do João de César Monteiro, ao defunto Quarteto, num Verão universitário chato, e não ter perecebido nadinha, nem mesmo as legendagens em português de personagens a falar em mirandum... nunca mais fui o mesmo, confesso. Se um dia me cruzar com o Vale Abraão, e depois da sua indicação, vou vê-lo. Mas o Oliveira, com a sua peculiar direcção de actores, até o Luís Miguel Sintra consegue estragar...

filhote disse...

Luís Miguel Cintra, e não Sintra, caro Fernando - para mim, o melhor actor português.

Para aqueles que não conhecem bem a obra de Oliveira, aconselho "A Caixa". Um filme curto, "rápido" (dura hora e meia), bonito, e divertido.

Não vi todos os filmes de Oliveira. Tal como o JC, conheço uns 70% da obra.

De todos esses filmes, detestei apenas um: O "Non".

De resto, achei brilhantes "O Meu Caso", "Os Canibais", "Vale Abraão", "Aniki Bóbó", "A Caixa", "Amor de Perdição"...

Outros ainda, considerei incompletos, e estranhamente "amadores"... o "Convento" é bom exemplo...

Fernando Correia de Oliveira disse...

Cintra, claro... comungo da opinião, desde que o homem não saia do palco. Acompanhei a Cornucópia na sua fase de ouro, cujo pico foi E Não se Pode Exterminá-lo?. O Luís Miguel Cintra - todos os outros, de resto - estavam soberbos.

filhote disse...

Ah, e esquecia-me de um documentário que marcou profundamente a minha passagem pelo Conservatório (Escola Superior de Teatro e Cinema): "Acto da Primavera".

Confesso ser suspeito para opinar sobre a obra de Manoel de Oliveira. A banda sonora de "Douro Faina Fluvial" é do meu bisavô, e música de outros filmes, como a de "Os Canibais", foi composta por um dos meus tios...

filhote disse...

Shhhhh, Fernando, assistiu ao vivo a "E não se pode exterminá-lo?"... não tive essa sorte...

Tive a sorte, porém, de ver a versão televisiva, na RTP, também interpretada, claro, pela Cornucópia. Já não foi pouco...

Fernando Correia de Oliveira disse...

fui ver três vezes, sempre cheio, bons velhos tempos que, não sei porquê, me está a ser difícil recordar... questão de namoradas...

JC disse...

Há poucos anos (3 ou 4) vi 2 excelentes filmes portugueses: "A Costa dos Murmúrios", da Margarida Cardoso (achei melhor do que o romance da Lídia Jorge) e "Noite Escura", do João Canijo. Ambos c/ a Beatriz Batarda, por quem tenho un "fraquinho".
Da Cornucópia lembro-me de ver o "AH Q" (não sei se é assim que se escreve). Uma seca, tal como o filme "Agosto", do Jorge da Silva Melo (por falar de Cornucópia...)

Fernando Correia de Oliveira disse...

excepções minhas à pistola, a partir dos anos 70:

Kilas, o Mau da Fita, com esse outro grande actor, o Mário Viegas, penso que o realizador é o José Fonseca e Costa

Belarmino

Trás-os-Montes e Jaime

filhote disse...

O "Jaime" é, de facto, um bom filme, Fernando. E o "Kilas" também. Os outros não vi...

JC, bem pode ter "um fraquinho" pela Beatriz... o problema é que ela casou-se com um primo meu... ehehehe... fica tudo em família!!!!

JC disse...

1. "Belarmino" é dos anos 60, Fernando.
2. Não sabia eras primo do Bernardo Sassetti, mas numa família de músicos... Já agora, a Leonor Silveira, musa do Oliveira, é irmã de um cunhado do meu genro. Isto em Portugal somos todos primos e primas.

(S)LB disse...

E eu tenho um fraco pela irmã do cunhado do genro do JC!

Desde que Manoel de Oliveira teve a feliz ideia de a chamar para trabalhar com ele, que os seus filmes têm outro encanto, até poderiam durar mais, desde que filmasse só a Leonor Silveira!

O seu olhar, a expressão, a classe, a sensualidade, a feminibilidade!

Leonor, nunca é tarde para começarmos uma vida a dois! Sim, sou teu fã e cansei de sofrer há anos platonicamente e em silêncio!

Eu sou o teu fã e tu, a minha "António Lobo Antunes"!

filhote disse...

JC, as ligações familiares com o Bernardo são simples de explicar.

Uma das irmãs do meu bisavô Luiz, a Isabel, casou-se com o filho do presidente Sidónio Paes. Ora, um dos filhos desse casamento era o meu tio Sidónio, pai do Bernardo.

(na verdade, Paes é o último apelido do Bernardo)

Ou seja, o pai do Bernardo era primo-direito do meu avô João.

Crescemos todos juntos, brincando numa casa ali na Rua do Século...

filhote disse...

Ah, e faltou dizer, JC e (S)LB, que a Beatriz Batarda é prima-direita da Leonor Silveira!

ié-ié disse...

... e filha de Eduardo Batarda, pintor, que jogou basquetebol na Associação Académica de Coimbra. Ou estarei equivocado?

LT

filhote disse...

Não estás equivocado, Ié-Ié. Certíssimo.

JC disse...

Infelizmente, o grau de parentesco da Beatriz Batarda c/ a familia do meu genro não é suficiente para convites para casamentos, baptizados e afins. Fico-me assim por encontrar por lá, por esses eventos, a Leonor Silveira.

(S)LB disse...

Que inveja, JC! Que inveja!

Com o grau alcoólico ideal, seria o cenário perfeito para tentar um "approach"! ...ou um "crash and burn"!

Alguma hipótese de entrar "à pato" (ou "á la portughesi") no próximo evento familiar, amigo JC?

JC disse...

Aviso quando for o próximo, (S)LB. Mas desse lado da família para já não prevejo nada de relevante!
Já agora, para ser mais fácil de explicar: um irmão da Leonor Silveira (Lourenço) é casado com uma irmã do meu genro (Mª José).
E já conclui tb que conhecerei alguns familiares do Filhote, pelo lado da tal tia bisavó Isabel.
E pronto, pq isto já começa a parecer conversa de tias!

ié-ié disse...

"Kilas, O Mau Da Fita"... logo, logo a seguir nasceu o meu filhote mais novo...

LT