Os Rockfellas são uma banda revival constituída por Luís Pinto Freitas (voz e guitarra), ex-Claves, Alfredo Laranjinha (voz e guitarra), ex-Fanatics, Jaime Pereira (voz e baixo), ex-Diamantes Negros, Michel Mounier (bateria), ex-Conjunto Mistério e ex-Quarteto 1111 e José Santos Fernandes (voz e teclas), ex-fã dos antigos conjuntos dos actuais companheiros.
Esta noite, estiveram mais de duas horas e meia em palco, na cidadela de Cascais, para gáudio de umas largas dezenas de fãs que não se cansaram de dançar e de aplaudir.
Sempre a bulir e divertidos, os Rockfellas desfilaram umas 40 canções, começando pelos Shadows e Cliff Richard ("Living In Doll", Summer Holiday", "The Young Ones", "Do You Wanna Dance"...).
Viraram depois para o rock dos anos 50 com uma pré-visão de "Green Onions" (Booker T and the MGs), "Bird Dog", "Be Bop A Lula", "Blue Suede Shoes" (com Alfredo Laranjinha a imitar a perna esquerda de Elvis The Pelvis), "Tutti Frutti", "Rock Around The Clock", "See You Later, Aligator" e uma única passagem pelo twist, "Let's Twist Again".
As canções francesas não foram esquecidas, "Et Maintenant", "Ma Vie", "Mes Mains Sur Tes Hanches" e "Et Pourtant", mas a grande surpresa é o repertório escolhido para a música pop/rock dos anos 60, uma autêntica lição para mestrados na matéria.
Nada de Beatles ou Rolling Stones, nada de canções óbvias, com uma ou outra excepção.
Ora atentem:
"A Whiter Shade Of Pale" (Procol Harum), "Bring It On Home To Me" e "The House Of The Rising Sun" (Animals), "Get Away" e "Yé-Yé" (Georgie Fame), "Hi-Li-Li Hi-Lo" (Alan Price Set), "Winchester Cathedral" (New Vaudeville Band), "If You Gotta Go, Go Now" e "Mighty Quinn" (Manfred Mann), "I'm A Believer" (Monkees), , "Judy In Disguise" (John Fred and his Playboy Band), "It's Not Unsual" (Tom Jones), "Baby Come Back" (Equals), "The Letter" (Box Tops), "Lilly The Pink" (Scaffold), "Gimme Some Lovin'" (Spencer Davis Group), "Born To Be Wild" (Steppenwolf) e "Roadhouse Blues" (Doors).
Perceberam?
Não é qualquer banda que arregimenta um repertório desta qualidade!
Mas... há sempre um mas... Considero um crime de lesa-majestade não aproveitar a presença e o talento de Luís Pinto Freitas em palco para uma rendição de "Crer", dos Claves, uma das mais bonitas canções ié-ié portuguesas jamais escritas.
Ainda por cima, Pinto Freitas é o seu autor! Seria uma bela homenagem ao seu criador e, simultaneamente, à banda de que fez parte nos anos 60, Claves, vencedores do concurso yé-yé no Teatro Monumental, em Lisboa, em 1965/1966.
Outra sugestão: façam um estrado para Michel Mounier, tipo Ringo Starr. O ex-baterista do Mistério e do 1111 é uma força indomável dos Rockfellas, merece que se veja! Ainda por cima é o único que não canta!
Entre a assistência vi o jornalista e poeta, José Carlos Vasconcelos, um tipo que fala sobre automóveis na SIC e cujo nome lamentavelmente me escapa e um actor dos "Malucos do Riso", cuja identificação também me passa ao lado.
Vi também muitas avós desengonçadas a dançar freneticamente e pensei com os meus botões: no meu tempo, lembro-me de ver a minha avó sentada à braseira a fazer crochet e a ouvir fados de Coimbra!
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!
Esta noite, estiveram mais de duas horas e meia em palco, na cidadela de Cascais, para gáudio de umas largas dezenas de fãs que não se cansaram de dançar e de aplaudir.
Sempre a bulir e divertidos, os Rockfellas desfilaram umas 40 canções, começando pelos Shadows e Cliff Richard ("Living In Doll", Summer Holiday", "The Young Ones", "Do You Wanna Dance"...).
Viraram depois para o rock dos anos 50 com uma pré-visão de "Green Onions" (Booker T and the MGs), "Bird Dog", "Be Bop A Lula", "Blue Suede Shoes" (com Alfredo Laranjinha a imitar a perna esquerda de Elvis The Pelvis), "Tutti Frutti", "Rock Around The Clock", "See You Later, Aligator" e uma única passagem pelo twist, "Let's Twist Again".
As canções francesas não foram esquecidas, "Et Maintenant", "Ma Vie", "Mes Mains Sur Tes Hanches" e "Et Pourtant", mas a grande surpresa é o repertório escolhido para a música pop/rock dos anos 60, uma autêntica lição para mestrados na matéria.
Nada de Beatles ou Rolling Stones, nada de canções óbvias, com uma ou outra excepção.
Ora atentem:
"A Whiter Shade Of Pale" (Procol Harum), "Bring It On Home To Me" e "The House Of The Rising Sun" (Animals), "Get Away" e "Yé-Yé" (Georgie Fame), "Hi-Li-Li Hi-Lo" (Alan Price Set), "Winchester Cathedral" (New Vaudeville Band), "If You Gotta Go, Go Now" e "Mighty Quinn" (Manfred Mann), "I'm A Believer" (Monkees), , "Judy In Disguise" (John Fred and his Playboy Band), "It's Not Unsual" (Tom Jones), "Baby Come Back" (Equals), "The Letter" (Box Tops), "Lilly The Pink" (Scaffold), "Gimme Some Lovin'" (Spencer Davis Group), "Born To Be Wild" (Steppenwolf) e "Roadhouse Blues" (Doors).
Perceberam?
Não é qualquer banda que arregimenta um repertório desta qualidade!
Mas... há sempre um mas... Considero um crime de lesa-majestade não aproveitar a presença e o talento de Luís Pinto Freitas em palco para uma rendição de "Crer", dos Claves, uma das mais bonitas canções ié-ié portuguesas jamais escritas.
Ainda por cima, Pinto Freitas é o seu autor! Seria uma bela homenagem ao seu criador e, simultaneamente, à banda de que fez parte nos anos 60, Claves, vencedores do concurso yé-yé no Teatro Monumental, em Lisboa, em 1965/1966.
Outra sugestão: façam um estrado para Michel Mounier, tipo Ringo Starr. O ex-baterista do Mistério e do 1111 é uma força indomável dos Rockfellas, merece que se veja! Ainda por cima é o único que não canta!
Entre a assistência vi o jornalista e poeta, José Carlos Vasconcelos, um tipo que fala sobre automóveis na SIC e cujo nome lamentavelmente me escapa e um actor dos "Malucos do Riso", cuja identificação também me passa ao lado.
Vi também muitas avós desengonçadas a dançar freneticamente e pensei com os meus botões: no meu tempo, lembro-me de ver a minha avó sentada à braseira a fazer crochet e a ouvir fados de Coimbra!
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!
Ora aqui está um belo grupo, já os vi actuar algumas vezes, nas galas da extinta AA60, e sempre os achei com muita qualidade. Penso até que tocarão melhor agora do que na época em que cada um fazia parte de grupos nos anos 60. Também terão agora muito melhores condições técnicas, e mais horas de treino :) . Mas, são muito competentes, e concordo que o repertório é escolhido com cuidado, e demonstra um conhecimento profundo do que se fazia na época a nível internacional. Não se limitando ao que tocariam nos Bailes da época. A questão do "Crer", e da ausência de outros originais Portugueses dos 60s, é extensiva a quase todos os grupos que vi deste género. Já o disse na altura do jantar do Blogue em relação aos Blue Jeans, não vejo ninguém a tocar o "Missing You" o "Esquece" o "Crer" o "Hully Gully do Montanhês" a "Lenda D´El Rei D. Sebastião" ou o "Olhando Para o Céu" ou mesmo o "Sansão Foi Enganado". Esta última parece que tem aí uma recriação agora pelos BunnyRanch, mas ainda não ouvi.
ResponderEliminarMea culpa,Mea culpa,Mea culpa
ResponderEliminarVenho publicamente pedir as minhas desculpas aos "Rockfellas" por me ter "baldado" vergonhosamente.
Na realidade, até estava previsto eu o Luis (dono e senhor deste BLOG)e as respectivas,estarmos presentes,mas apareceu-me á última da hora uma chatice (e que chatice!!)que tal não permitiu.
É óptimo saber que tudo correu bem e que "a malta" gostou.
Liga-me aos Rockfellas uma enorme amizada ao longo dos anos,e é sempre um prazer saber que fizeram bôa figura.
Não hão-de faltar oportunidades de estarmos juntos outra vêz e espero que seja em breve.
Um grande abraço e desculpem lá ...
daniel bacelar
O homem dos automóveis é o nosso amigo Zé Pinto que tem a gentileza de nos aturar de vez em quando.
ResponderEliminarO dos "Malucos do Riso" é o meu amigo e meu ex-chefe do "Grupo Recreativo das Forças Armadas de Moçambique" que fez com que eu saisse do mato para acabar a comissão a cantar. Tinha a intenção de lhe ter dedicado a série do Elvis, pois foi com essas músicas que eu fiz a audição para entrar no grupo, mas infelizmente passou-me. A idade não perdoa. Fica para a próxima.
A vossa critica vai fazer-nos querer continuar ainda com mais vontade de reviver e partilhar com os amigos aqueles maravilhosos temas.
Entretanto já telefonei para o Luis a pedir-lhe para levar a letra do "Crer" para o ensaio.
Temos vontade de "meter" mais umas portuguesas da altura.
Alfredo Laranjinha
Obrigado pelas informações. E fico satisfeito de que, pelo menos, vão ensaiar "Crer"! Pode ser que saia para a ribalta.
ResponderEliminarLT
Um abraço a todos os Rockfellas deste lado do Atlântico.
ResponderEliminarSem eles, a minha vida teria sido bem mais pobre!