10 ANOS DE PARQUE DAS NAÇÕES

Orgulho de lisboetas e de portugueses, o Parque das Nações, na zona oriental da capital, fez 10 anos no passado dia 16 de Outubro.

Não comungo da crítica recorrente de excesso de betão no local. Lamento sim, a ausência de verde na zona sul do recinto e o piso aí terrivelmente irregular.

E lamento também o abandono a que está votado o ex-Pavilhão de Portugal e a autorização de trânsito na Alameda dos Oceanos, uma cedência pueril da Parque EXPO, perante as pressões do Casino Lisboa e, sobretudo, do Centro Vasco da Gama.

Irritante também é o estacionamento selvagem, perante a passividade da PSP. E há tanto parque de estacionamento, alguns até com preços acessíveis.

A Marina está finalmente em obras, mas apenas na bacia norte, continuando abandonada a bacia sul e os "restos mortais" de dois restaurantes flutuantes, bem como o fantástico edifício Nau, que chegou a albergar bons restaurantes.

Abandonado está também o Jardim do Cabeço das Rolas para onde esteve prevista, em tempos, a sede da EDP.

Em obra está igualmente o hotel na Torre Vasco da Gama, o Centro de Congressos da FIL, na ex-Praça Sony (espero que não derrubem as 14 palmeiras que lá se encontram), mas há ainda buracos no ex-Pavilhão da Realidade Virtual e no antigo bowling.

Os belos edifícios dos tribunais provavelmente aguardam um momento eleitoralista mais propício para ser inaugurados.

Na zona do antigo Bugix já entrou em funcionamento o parque de estacionamento de autocarros de turismo, com capacidade para 16 viaturas. Vamos ver se é suficiente para as retirar da Rotunda 25 de Abril, onde eram um perigo para o trânsito.

Como quer que seja, o Parque das Nações, uma obra idealizada por António Mega Ferreira, ficará para a História como o maior projecto urbanístico de Portugal a seguir ao terramoto de 1755.

E será dos poucos locais lisboetas onde é aprazível andar a pé, de bicicleta, correr, namorar e até fazer pic-nics!

Daqui a outros 10 anos, presume-se que tudo esteja bem melhor...