quinta-feira, 12 de março de 2009

ENCONTRADO O PAI DAS DOCE


É Tózé Brito, como o próprio assume:

Que não pareça presunção da minha parte, mas, na realidade, a ideia de formar as Doce foi minha... por necessidade de não deixar sem trabalho a Teresa, a Fá e a Lena, que tinham passado pelo Gemini, grupo do qual resolvi sair para aceitar o lugar de A&R da então Polygram.

E foi precisamente na condição de A&R da Polygram que pus a ideia em marcha, juntando às três a Laura.

A partir daí seria muito injusto dizer que estive sozinho nessa aventura - o Mike produziu os discos comigo, o Zé Carlos, trazido pela Laura, tratou de toda a parte visual do grupo, a Teresa tomou conta das coreografias, o António Pinho e o meu irmão Pedro juntaram-se a mim e ao Mike na composição dos temas... e eu, mais uma vez, como A&R da companhia, fui "cozinhando" tudo isto para conseguir os resultados que se conhecem.

Agora se as Doce foram o primeiro projecto pop português "integrado"... também estou de acordo com quem levantou a questão, e estamos bem acompanhados, lembro-me perfeitamente de o MEC ter escrito um artigo em que dizia exactamente isso.

Tozé Brito

Andávamos à procura do pai das Doce!

20 comentários:

  1. As DOCE eram um regalo para os olhos e não só

    A música portuguesa necessita urgentemente de projectos consistentes na área da música ligeira

    O Fado também andava moribundo e esta nova geração recuperou-o

    Será que António Pinho, Tozé Brito, José Cid e outros não quererão apoiar esta nova geração a recuperar o tempo perdido.

    ResponderEliminar
  2. É melhor arranjar outros (salvo mais informação e sem pôr em causa o seu papel relevante na música portuguesa):

    Tozé Brito-->[MAR]D'Arrasar; Ayamonte; Francisco Mendes;

    José Cid-->Cristina Castro Pereira; Banda Tribo; Meninos da sacristia;

    António Pinho-->Bebé Lily; Avô Cantigas;

    ResponderEliminar
  3. Caríssimo LT,

    Veja isto como uma crítica construtiva, por amor de Deus!

    Quando descubro um blogue de que gosto muito, mas mesmo muito, gosto de o esmiuçar de fio a pavio, e metodicamente. Isto é, começando pelo princípio (let's start at the very beginning, a very good place to start, como cantava a querida Julie Andrews). Coisa que no Ié-Ié dá uma trabalheira, devido à formatação do arquivo.

    Era tão simples, se o meu amigo alterasse a configuração do arquivo e a pusesse dividida por meses!... (enorme suspiro)

    É pedir muito? Em troca prometo-lhe um número de beatlemaniac bem simpático... que eu estou por tuido, até por um suborno nada discreto... :)

    ResponderEliminar
  4. porque não fazer o mesmo: "tenho amigos que cantam a solo e são de grande qualidade."


    José Nuno Martins em entrevista à revista Autores da SPA.

    Qual era o seu papel no Zip?
    JNM - Entrevistar baladeiros... O José Barata Moura, o Intróito, o Fanhais. Ou o Rui Mingas, por exemplo. Ou o Manuel Freire. Afinal, os meus amigos, que eu já tinha levado à rádio. E a explicação é simples: queríamos divulgar a música portuguesa que se fazia nesse tempo, apresentá-la com grande nível - mas as orquestrações eram muito caras e o orçamento não dava para o que queríamos, apesar da ajuda do Thilo (Krassman). Então disse: tenho amigos que cantam a solo e são de grande qualidade. O primeiro a vir, com a sua viola, foi o Zé Barata Moura. Aquilo pegou de estaca. Uma loucura. Começámos a receber centenas de cassetes vindas de todo o país. Eram de jovens cantores que sonhavam aparecer no Zip-Zip. Eu ouvia-as na cozinha, noite fora, pouco tempo me ficando para poder estudar, pois estava na Universidade, no curso de Filologia Românica.

    Gostava muito da rádio, mas de repente o Zé Fialho (Gouveia) desafiou-me para integrar a equipa do Zip-Zip TV. Sem saber como, descobri-me a fazer um programa com uma audiência de tal modo louca que ainda hoje não há programa de sucesso que se lhe aproxime. O país parava, colava-se ao ecrã. Até me arrepio ao lembrar-me.

    ResponderEliminar
  5. O arquivo está organizado por mês (no canto inferior direito)

    Mas o amigo LT trabalha que se "farta", pelo que não é tão fácil a consulta

    Mas as etiquetas são as melhores amigas de qualquer melómano que se preze ...

    ResponderEliminar
  6. http://guedelhudos.blogspot.com/2007_10_01_archive.html

    etc,,,

    ResponderEliminar
  7. Quem será a mãe das Doce ?

    ResponderEliminar
  8. Zé Nuno, como mudaste!

    Tu e o Alberto Silva Paulo, vulgo Paulo Gonzo...

    ResponderEliminar
  9. As Doce eram quatro "boazonas" de fazer mexer o comércio.

    (esta foi foleira, mas não resisti)

    ResponderEliminar
  10. Foi foleira sim filhote,mas o Pedro Passos Coelho também não resistiu :-)

    ResponderEliminar
  11. Eu cá não sou de intrigas mas... (e pegando na observação do Filhote) a única que tinha uma voz decente era a Fá; a Lena Coelho e a Laura Diogo eram mesmo só para fazer vista, até se dizia que a Laura cantava com o microfone no zero... :)

    ResponderEliminar
  12. LOOLLLLL é verdade !

    Acho que foi com a Fá, que o Pedro Passos Coelho Casou :-)

    ResponderEliminar
  13. Teresa, mas nesse caso as Doce nem estavam mal de todo então, se havia uma que tinha uma voz decente, já é uma a mais do que os GNR por exemplo...e a inteção daquele tipo de grupo incide mais no visual e nas coreografias.

    ResponderEliminar
  14. Filhote: o meu avô dizia "de fechar o comércio".

    ResponderEliminar
  15. JC: "de fechar" ou "de parar o comércio", eu sei, por isso saiu-me aquele trocadilho foleiro. Isto é, as meninas como vendiam, "mexiam" com o comércio... eheheheh...

    Por outro lado, resta-me dizer que o Pedro Passos Coelho tem uma voz bastante bonita. E é, ou era, um belíssimo cantor. Em tempos, cruzava-me com ele em casa da professora de canto Cristina Castro, onde nós os dois recebiamos lições...

    ResponderEliminar
  16. Filhote
    Pois... mas como politico é uma trampa ou seja anda a mando do Ângelo Correia!!!

    ResponderEliminar
  17. Filhote, não que seja importante, mas ou é "parar o trânsito" ou "fechar o comércio", mas de facto elas na altura mereciam uma expressão inovadora, e assim aceita-se essa tua, ao abrigo do acordo ortográfico.

    ResponderEliminar
  18. Acho fantástica a expressão "de fechar o comércio", pois imagino logo uma "boazassa" dos anos 50 a descer o Chiado e os lojistas a virem para a rua ver e a correrem os taipais!

    ResponderEliminar
  19. Então as Doce foram uma criadas num Estúdio?
    :)

    ResponderEliminar

Lamento, mas tenho de introduzir esta chatice dos caracteres. É que estou a ser permanentemente invadido por spam. Peço paciência. Obrigado!