quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A MÚSICA E O 25 DE ABRIL


EDIÇÃO COMEMORATIVA DOS 20 ANOS DO 25 DE ABRIL (1994)

17 comentários:

  1. Não consigo entrar no blog de O Gato Maltês. Desliga-me o computador.

    LT

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  2. Não percebo o problema, mas peço desculpa. Posso fazer algo? Use o meu e mail joao.cilia@netcabo.pt se precisar contactar-me. Agradeço tb a citação.
    abraço
    JC

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  3. Quando entro no blogue aparece uma sucessão de caixas "Click to run an ActiveX control on this webpage" e depois fina-se. É por isso que não consigo colocar um link, como seria meu desejo.

    LT

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  4. Coisa estranha: acontece-me o mesmo ("click to run an ActiveX control on this webpage") no blog do Yardbird, mas não no do Fantomas e do Rato. Que será?

    LT

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  5. E já agora LT, como o saber não ocupa lugar, para colocar links nos comentários bastava escrever na horizontal o que abaixo está na vertical :

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  6. ups...
    a seguir ao href= o endereço deve estar entre aspas

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  7. O texto apresentado por JC neste post é importante, elucidativo, e instigador - para além de bem escrito.

    Porém, como qualquer opinião individual, e principalmente quando se trata de música popular, não escapa a uma certa, e natural, parcialidade.

    Para mim, por exemplo, será sempre impossível excluir a influência de Jorge Palma e da Banda do Casaco nos anos 70.

    Quanto ao chamado "boom" do Rock Português, não podemos subestimar a energia e criatividade que injectou na música nacional. Não foi apenas um mero fenómeno sociológico. Foi também a explosão de toda uma nova geração artística, obviamente diferente da anterior. Reduzir essa revolução ao talentoso Variações, enfim... é certo que 80% da safra era de valor sofrível, mas...

    Não foi o Trovante quem logrou passar com grande qualidade o testemunho de José Afonso e Sérgio Godinho para as novas gerações?
    ("Saudade"; "Esplanada"; "Combóio")

    Não foi o Rui Veloso quem "inventou" uma nova forma de cantar o português? E de cruzar magistralmente os Blues e o Rock com o Fado, a Morna, o cantar alentejano?... E não foi Carlos Tê quem deu uma nova identidade ao Porto e à forma narrativa nas canções?
    ("Porto Sentido"; "Afurada"; "É triste ser-se crescido")

    Não foram o Rão Kyao e o Júlio Pereira responsáveis, entre outros, pela renovação da nossa música instrumental?
    ("Cavaquinho"; "Fado Bailado")

    E o Palma, outra vez???

    E não foram capazes os UHF e os Xutos de trazerem ao público os sons e as palavras da rua e dos subúrbios, na senda de uns Clash?
    ("Contentores"; "Circo de Feras"; "Cavalos de Corrida")

    E o que dizer de novas linguagens eminentemente urbanas, mas 100% portuguesas, como aquelas introduzidas pelos G.N.R.?
    ("Sete Naves"; "Ao Soldado Desconfiado"; "Coimbra")

    Heróis do Mar? Taxi? Belíssimas bandas Pop com personalidade nacional.

    E os Telectu?

    Mler If Dada? Pop Dell arte? Não são para todos, mas para uma imensa minoria de interessados noutro Portugal...

    E o Fausto? Onde pára o genial Fausto no meio disto tudo? Trata-se de um dos poucos artistas portugueses cuja visão é absolutamente única e independente!

    Que injustiça, JC!!!

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  8. Em 1980, o meu avô, o musicólogo João de Freitas Branco, grande admirador de José Afonso e Carlos Paredes, ofereceu-me o "Ar de Rock" do Rui Veloso.

    Eu tinha apenas 13 anos, mas não esqueci as palavras dele. Disse-me, num tom técnico, que se tratava de um talentoso músico, cujas canções e forma de as cantar eram inovadoras na Música Popular Portuguesa.

    Penso que o meu avô não se terá enganado.

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  9. Ar de Rock, de Rui Veloso, um disco um pouco esquecido, é a maior inovação na mpp, depois dos baladeiros. Não é dizer muito, mas o suficiente, para se poder ouvir cantar em português, com letras de altíssima qualidade, o que antes só era possível ouvir em línguas de fora.

    A parte instrumental, gravada por um certo José Fortes, penso eu de que, aplica num disco em português, as receitas de misturas intrumentais ( rítmica e guitarrística com apoio de outros instrumentos) de outras bandas da estranja.

    Rolar contigo num palheiro, por exemplo. Ou Canção do Oriente, são músicas de sempre da mpp.

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  10. Quando digo antes, não incluo o Fado cantado por Amália, com letras lindíssimas também. Refiro-me ao género musical que se convencionou chamar rock.

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  11. Totalmente de acordo, José.

    E em relação ao trabalho instrumental, acrescento que as influências no "Ar de Rock" não se limitam ao Rock e ao R&B. "Afurada", por exemplo, é uma balada densa cuja interpretação roça o Fado. A estrutura de "Saiu para a Rua" também não é limitativa quanto ao estilo musical. E o "Bairro do Oriente", claro. Ah, e o que dizer desse tema meio Folk, meio Country, "Sei de Uma Camponesa"?

    O LP intitulado "Rui Veloso" também foi seminal, e extende as influências ainda mais ("Porto Sentido"; "Cavaleiro Andante"; "Africa").

    Não esquecendo dois albuns malditos. "Mingos e os Samurais", subestimado pela crítica pelo exagerado sucesso que alcançou, conta a história de uma certa época (guerra colonial) do ponto de vista dos anónimos. "Auto da Pimenta", criticado pelo seu carácter de encomenda estatal, é dos trabalhos mais interessantes do ponto de vista musical da História da MPP.

    José Fortes era um mestre. E a secção rítmica Galarza/Nabo - bateria e baixo, respectivamente -, era a melhor que tínhamos.

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  12. Penso que também "O Homem e a Cidade" de Carlos de Carmo devia merecer uma menção honrosa em todos esses textos sobra a MPP...

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  13. Aqui há uns anos, ouvi ao vivo o sobrinho do Zeca Afonso, João Afonso,acompanhado por Moz Carrapa, à guitarra. Foi numa pequena localidade espanhola, a seguir a Tuy.

    Não costumo ver muitos concertos, mas esse foi seguramente um dos melhores a que me foi dado assistir.

    Moz Carrapa na guitarra acústica, pede meças aos melhores guitarristas que conheço. Impressionante. Fabuloso.

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  14. O Galarza não foi aquele que foi desencantar o genérico dos Gato Fedorente, copiado integralmente do Clo CLo francês?

    Tenho pena, porque não gostei.

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  15. Ié- Ié:
    estou a tentar informar-me s/ essa história do Active X. Depois digo.
    Filhote:
    vou tentar responder-lhe, mas hoje tem sido complicado. Depois digo se respondo aqui ou no "Gato Maltês". Caso não se importe, claro.
    Abraço para todos.

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  16. 1º - Caro "Filhote". Resolvi responder-lhe no "Gato Maltês" http://eusouogatomaltes.blogspot.com/2008/01/da-msica-popular-portuguesa-resposta.html
    Espero não se importe.
    IÉ- IÉ: essa história do Active X deve acontecer por causa dos videos e músicas que tenho no blog (também o Yardbird). Foi o que consegui saber, o que é quase nada, mas penso um informático ou a PC Clinic podem resolver o caso rapidamente.
    Abraço

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  17. Obrigado, no panic! Como sempre consultei, sem problema, assustei-me.

    LT

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Lamento, mas tenho de introduzir esta chatice dos caracteres. É que estou a ser permanentemente invadido por spam. Peço paciência. Obrigado!