quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

JOSÉ ALMADA QUER GRAVAR DE NOVO


DECCA - SLPDS 2031 - 1975

Lado A

Não, Não, Não Me Estendas A Mão - Eh! Amigo Lagarto - Ah! Se Um Dia O Pedro Louco - Vá, Diz Que Nunca Pisaste Uma Formiga - Cavalinho - Eh! Camponês!

Lado B

Ah! Como Odeio - As Aves Choram - Subi Ao Céu - E Agora José? - Ferreiro Velho E Cansado - Ah! Como Te Invejo

Orquestração e direcção de Jorge Palma

Escreve José Almada:

Gostaria de agradecer todo o empenho e gosto em escolher e divulgar as minhas músicas. Ainda bem que gostam, tenho mais.

Desde que me entrevistou, fiquei com novo ânimo para voltar a gravar e mesmo tocar em público, porque não?

Fi-lo há pouco tempo, com sucesso, numa festa familiar e gostaria de me expandir mais outra vez.

Para isso, continuo a contar consigo e com todos aqueles que gostam de me ouvir.

Um dia, alguém me chamou o "príncipe das nuvens". Fiz há pouco tempo uma canção pequenina com uma musica que eu sei que gostariam muito de ouvir.

Sou o "príncipe das nuvens", mas é Deus que me dá o alento ("sou o príncipe das nuvens mas é Deus que me leva no vento/sou o príncipe das nuvens fui bater à porta mais linda do céu/veio uma fada encantada mostrou-me quem era eu/sou o príncipe das nuvens ou uma estrelhinha do céu").

Não me identifico assim tanto com o "príncipe das nuvens", pois gosto muito da Terra e gostaria sempre de cá voltar, mas é assim e já faz parte.

Pelo sentimento mais bonito de todos os sentimentos, a que chamo Amor, despeço-me. Obrigado a todos.

Coincidente com esta mensagem de José Almada, recebi mais um contributo de Gin-Tonic:

Comprei este disco em 1975 na Loja da Valentim de Carvalho na Rua Nova do Almada, em Lisboa.

Não conhecia José Almada, mas comprei o disco por causa dos poemas do José Gomes Ferreira que é um dos meus poetas de referência.

A minha capa tem ao cimo do lado direito um autoclante, em fundo dourado, a dizer: “Valentim de Carvalho 1824 – 1974 150 anos com a música".

Gosto deste disco por motivos vários, a tal ponto de que, tendo-me desfeito de tantos LPs, EPs, Singles e uma miserável falta de espaço, este ficou aqui em casa ao lado de outros.

Nunca mais me lembrei dele até ter sido agora referido. Passados todos estes anos continua a ser um trabalho muito interessante – não é impunemente que o dedo do Jorge Palma também anda por ali - e que constituiria alguma surpresa para quem nunca o ouviu.

Comovente o seu “Ah! Se Um Dia o Pedro Louco”, com aquele seu sotaque característico, “agora que estou só já posso arrancar da boca os versos da canção que te alimentará”.

Gostaria de dizer que o “blog” dá-me um gozo danado! Das coisas mais giras – e não só! – que a blogosfera tem.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Que notícia mais animadora.

    Nunca divulguei um artista como estou a fazer com José Almada.

    Para mim foi o maior achado dos últimos tempos, o resgate "dos mundos que fui esquecendo".

    As canções de José Almada são poesia em estado absoluto. Um dos maiores tesouros da música.

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Lamento, mas tenho de introduzir esta chatice dos caracteres. É que estou a ser permanentemente invadido por spam. Peço paciência. Obrigado!