domingo, 9 de novembro de 2008

TRIBUTO A CARLOS PAIÃO

FAROL - FAR 81794 - 2008

Cinderela (Rui Veloso) - Pó de Arroz (Tiago Bettencourt & Mantha) - Vinho do Porto (Donna Maria) - Cegonha (Filipa Cardoso & Fábia Rebordão) - Eu Não Sou Poeta (Pólo Norte) - Versos de Amor (Per7ume) - Não Há Duas Sem Três (Balla) - O Senhor Extra-Terrestre (Mesa) - Telefonia Nas Ondas Do Ar (Loto) - Ga-Gago (M.A.U.) - Playback (instrumental) (Sam The Kid) - Playback (4Taste) - Discoteca (Oioai) - Zero A Zero (Vicious Five).

Este tributo vai provavelmente tornar-se peça de colecção, em primeiro lugar, porque Rui Veloso, segundo confessou particularmente, tenciona regravar a sua participação - "Cinderela" - adicionando, por exemplo, uma harmónica.

Em segundo lugar, colocando o CD em computador, o alinhamento escrito que surge é o de "Perfil", colectânea de Paião de 2007. As músicas estão certas, a escrita é que não. pormenor de coleccionador...

20 anos após a sua morte, fica este registo, na humilde esperança que perpetue a herança deste nome incontornável do nosso imaginário, escreveu David Benasulin, A&R da Farol, músico dos Ultimate Architects e líder deste projecto, onde aliás faz vozes em "Pó de Arroz".

Eu, por mim, não era especialmente fã de Carlos Paião.

10 comentários:

daniel bacelar disse...

POIS EU ERA!!!!
Este tipo respirava música por todos os poros .
Não sei como seria como médico,mas de certeza se fôsse á sua capacidade como compositor,seria uma sumidade.
Foi uma pena,de uma cajadada perderam-se duas personalidades de relevo.
Espero que o S.Pedro não seja duro de ouvido e faça um dueto com ele.

defaultlooser disse...

Tb nao era especialmente fan, mas reconheço algo de singular, na musica, como em tudo, nao sao so as linhas rigorosas da ciencia que fazem historia. A maior parte das vezes mesmo, quando falamos do que nos faz vibrar, falamos de coisas que nao se explicam, porque nem é preciso. Gostei do Tributo, sobretudo Per7ume, Rui Veloso, Tiago Bettencourt..

Anónimo disse...

Eu sempre adorei o Carlos Paião, e continuo a ser uma grande fan dele. Ele sempre foi um excelente compositor, uma raridade mesmo. Deixou letras em gaveta, que gostava que um dia fossem aproveitadas para outros músicos... um beijo, obrigada à editora que pensou homenagear este homem...é uma relíquia portuguesa, parabéns

Anónimo disse...

era um compositor interessante, que conseguia combinar "popular" com "pop", sem descambar pro pimba. Depois não sei de ninguem que tenha conseguido fazer isso.
este CD de tributo, bem...a malta escolhida na sua maioria até é boa, o resultado final é que...deixa um bocado a desejar.

Anónimo disse...

Discos de Tributo a artistas nacionais:

--Variações: As Canções de António
--Filhos da Madrugada
--Xutos
--Doce
--Rui Veloso
--Tarantula
--Zeca Afonso
--O Novo Homem na Cidade
--Amalia
--Delfins
--Mão Morta
--GNR
--Adriano Correia de Oliveira
--Carlos Paião

Outros:

Ruben Alves (Rui Veloso)
Mylene Pires (madredeus)
Deo (madredeus)
Dulce Guimarães (Carlos Paião) Doce mania (Doce)
Corvos (Xutos)
Os Xutinhos (Xutos)
Sexta Feira 13 (Xutos)
vários (Zeca Afonso)
vários (Amália)

filhote disse...

Eu também não era fã do Carlos Paião. Nem era, nem sou. Todavia, deixo-lhe uma vénia de respeito a título póstumo.

O Paião era um belíssimo compositor-cantor-arranjador-mobilizador da nossa música popular moderna. Merece a homenagem. Mais: merece que todos aqueles que apreciam o género o voltem a ouvir. De preferência as versões originais - embora eu ainda não conheça este disco.

Rato disse...

Apenas uma nota "técnica": quando o CD é colocado no leitor do computador a listagem das canções, caso os respectivos nomes não venham listados nas propriedades do disco, é tirada directamente de uma base de dados existente na net. Provavelmente é o que acontece neste caso. O WMP (windows media player) não encontrou as referências e foi buscar a "coisa" mais parecida que encontrou, neste caso a listagem da coletânea "Perfil". Casos destes acontecem aos montes, não sendo portanto motivo de "coleccionismo". Porque, daqui a algumas semanas ou meses, quando a informação correcta estiver disponível na tal base de dados ela irá aparecer automaticamente, quando o CD for de novo inserido na gaveta do leitor.
Este é apenas mais um exemplo, entre muitos, de que realmente o digital tem pouco a ver com "collector's items", contrariamente ao que por vezes as editoras querem fazer crer para facturarem mais um pouco.
Quem estiver um pouco atento não é difícil reparar nas manigâncias que se fazem com sucessivas edições de CD's e sobretudo DVD's. Vendem o mesmo produto diversas vezes com recurso a artimanhas promocionais que na grande maioria das vezes pouco ou nada acrescentam às edições anteriores. É o chamado "baralhar" (os incautos) e "voltar a dar" (para os bolsos deles, é claro).

Anónimo disse...

Vamos lá a ver: o Paião era um tipo simpático, bom rapaz, autor de algumas cantigas giras. E ponto final. Não vale a pena querer transformá-lo agora numa espécie de génio da música portuguesa, caramba! Eu cheguei a ouvir-lhe algumas grandes canções, do tempo em que era ainda um jovem estudante que ninguém conhecia - mas nenhuma delas chegou a ser gravada, infelizmente. De resto, como médico, pura e simplesmente não chegou a ser nada - porque nunca exerceu medicina.
Alé disto tudo, foi também um bom autor das cantigas de Serafim Saudade, talvez mesmo a sua melhor vertente, onde combinava um grande sentido de humor com a inegável facilidade que tinha em compôr. Quanto ao resto... este disco de homenagem parece-me um acto falhado (a versão da "Cinderela" pelo Rui Veloso é quase patética), mas o que conta aqui é mais a oprtunidade... de negócio. Nada que não se conehça já, e muito bem, de outros casos.

cruz disse...

Nunca fui um grande fã do Paião, mas gosto MUITO de algumas das suas canções com o "PÓ DE ARROZ" e o "TELEFONIA ... " à cabeça.

Para quem não saiba o Carlos Paião era familiar do Manuel Paião que também ficou na história da música ligeira portuguesa (nomeadamente das canções para Revista)

cruz disse...

Penso que o blog se esqueceu de falar da morte da Milú

Afinal de contas ela também era cantora (ainda que ocasional)